sábado, 27 de novembro de 2010

Amor Eterno

Essa semana estava lendo, aliás ainda estou, o livro: Como contar um conto, do Gabriel García Marquéz. Ele fala sobre histórias de 30 minutos, ideias para fazer curta-metragem, e na medida que expõe os diálogos dele com os alunos da oficina, ele conta várias dessas historinhas. Uma delas me encantou e como de costume, compartilho:

"Outra meia hora: a de uma mulher mais velha, embora conservada, com filhos e netos. Um dia, o carteiro vai até a casa dela para entregar uma curiosidade: uma carta que foi encontrada no fundo de uma caixa de correio - dessas onde as pessoas colocam a correspondência - quando reformaram todas as caixas da cidade. A caixa estava lá há 35 anos. Ela olha o envelope. É, realmente, para ela. Abre e lê: é uma carta crucial. Seu amado marca um encontro no café tal, na quarta-feira, às cinco da tarde. Os dois fugiriam juntos. Ela e o homem dos seus sonhos, o único que amou; na verdade, nunca deixou de amá-lo. Mas um belo dia ela desapareceu, e a vida dela musou completamente. Era outra vida. Acontece uma série de coisas e no fim, ela decide ir ao encontro impossível... 35 anos depois. E lá está ele, esperando por ela, como tinha feito todas as quartas-feiras às 5 da tarde. Quem foi que disse que não existe amores eternos?"


Quero um pinguim para mim, já dizia uma comunidade.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=50148302



SâmiaMaia.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Você se preocupa com a opinião dos outros?

Essa pergunta é bem comum, todo mundo preza pela seu bem estar, dizendo não liga para que os outros pensam e que o importante é ser você mesmo, não usar máscaras... Enfim, todo mundo conhece o discurso puritano.

Mas todo mundo sabe (também!) que não é bem assim que funciona. Você escuta sim os que os outros falam e cabe a você tomar isso para si como verdade ou não. É aconselhável ouvir e avaliar o que é dito para você e sobre você.

Hoje eu me surpreendi pensando nisso tudo.
E descobri que alguns adjetivos fazem com que eu me sinta uma personagem de história em quadrinhos, com máscaras e peculiaridades. Já outros fazem com que eu me sinta viva verdadeiramente. É como se eu fosse dividida e que tivesse uma oscilação entre dois momentos.

Então, um conselho: ouça, avalie e pese. O que for bom, mantenha. O que for ruim, transforme.
Ser uma metamorfose ambulante também não é legal, nem borboleta muda sempre. Tenha uma essência e modifique apenas pequenas ações. Sinta-se Saturno com seu anéis: o planeta deve-se ser mantido, os anéis é que se modificam. Não seja uma pedra, nem seja água, seja uma gelatina balística, onde as coisas até entram, mas com certa dificuldade. Mantenha a personalidade, mas não a transforme num casulo inquebrável.

É engraçado eu fazer um texto desse aconselhando o povo, nunca achei que tinha o dom para essas coisas, mas senti uma necessidade de compartilhar isso. Até estou sentindo um tom de livro de auto-ajuda nesse texto.

É, era isso que eu tinha a dizer.
Beijos, tenham uma boa audição.

Ps: eu fiz esse texto ontem e hoje aparece na página do msn o teste: Qual apresentador de Reality Show você seria? Claro que eu fui fazer para ver no que dava. O resultado foi: Glenda Kozlowski, e na descrição tinha uma frase que acabou se interligando com isso aqui: "Cuidado apenas para não misturar ‘alhos com bugalhos’. Repita para si mesma: Foco menina, foco!"




(SâmiaMaia.)

sábado, 31 de julho de 2010

Educação, a base de tudo.

Numa avenida pouco movimentada da cidade, uma senhora, já idosa, locomovia-se com certa dificuldade em direção à faixa de pedestre. A aproximadamente 30 metros dela, vinha um garoto vestido com um calção sujo, blusa de mangas longas, capuz e boné. Ao passar pela senhora, arrastou-lhe a bolsa e saiu correndo, mas a senhora não a havia soltado completamente e na mesma velocidade que o mirim a puxou para longe, voltou para junto dela, que o aproximou mais ainda puxando-o pela orelha:
- Venha cá, volte, o que acha que está fazendo?
- Ai, tia, ai! Minha orelha, tá machucando, tia, solta! (Se mexia tentando fugir.)
- Volte! Diga "Bom dia" e peça licença, anuncie que é um assalto e peça que eu lhe entregue o que queres.
- Tá doida, "véia"?! "Donde" que já se viu assalto desse jeito?!
- Esse jeito chama-se educação, garoto!
- O tempo que eu vou passar pra dizer isso tudo, os "hômis" me pegam! Mas a senhora vai me ajudar ou não?!
- Cadê o "Bom dia"?
- Argh! Bom dia, com licença, isso aqui é um assalto, poderia, por gentileza, me passar sua bolsa?
- Você não tem cara que seja desses que usam bolsinhas por aí, então o que quer de dentro dela?
- Celular? Dinheiro?
- Celular? Tem não. Mas se a ligação que precisa fazer for muito importante, eu lhe empresto o cartão telefônico...
- Tá, esquece a merda do celular, me passa logo o dinheiro que eu quero vazar daqui!
- Dinheiro também não tem, sou idosa, tenho o cartãozinho do sindiônibus para andar de ônibus sem pagar.
- Caralho! Tem alguma coisa que preste nessa bolsa, minha senhora?!
- Tem, claro que tem! Tem meu desodorante da Alma de Flores, meu sabonete Senador, meu remédio da pressão, o Gingo Biloba, um vidro de "doutorzinho"...
- Quer saber, passar bem e tenha um bom dia, minha senhora!
O rapaz saiu de lá fumaçando de raiva, nunca tinha tido problemas em assaltar as "velhas", essa foi inédita. A senhora, aproveitando que o sinal havia fechado, atravessou a avenida dizendo:
- Até que saiu educadozinho...







(Sâmia Maia.)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fênix!

Sumi nouavamente, é verdade. Porém venho dar o ar da graça mais uma vez. Desta vez com linhas escritas de verdade e sem diálogos com o eu-lírico.
O texto surgiu numa aula de Língua portuguesa,com um empurrãozinho da professora, digamos assim, já que a primeira frase ela colocava no quadro e repasso-o aqui.
Um último comentário é: há muito tempo eu não sentia a 'válvula da inspiração literária' sendo ativada e ao ler no quadro: "Eu sempre ouvi meus próprios lamentos perdidos no vento..." houve um 'clic' lá dentro e o desenrolar foi surgindo. Sem mais demoras:







Eu sempre ouvi meu próprios lamentos perdidos no vento, como se minha alma tomasse forma numa corrente de ar. Seria uma intimação para uma conversa? Sussurros vinham e iam, tocando em assuntos que eu tanto quis esquecer. Talvez somente com esses sussurros eu poderia me sentir livre.

Eu sempre senti minhas próprias aspirações no toque molhado do mar. Como se aquela sensação de frio fosse uma válvula para ativar os sonhos. Quando não, a sensação úmida despertava a lembrança de quão tão úmidos meus olhos já ficaram, incontáveis vezes. E essa mesma água lava minha tez, como se purificasse minha alma.

Eu sempre vi no fogo o calor necessário para tomar minhas decisões, um calor que acalenta, como se fosse um colo materno. A oscilação da chama caracteriza minha inconstância e a luz que emana simboliza a orientação, força, torno-me uma iluminada.

Eu sempre senti na terra a segurança para seguir adiante. O chão sob os pés serve, categoricamente, como base. Apóio e conscientização das ações presentes e futuras.
Por vezes, seca e árida; por outras, úmida e lamacenta, mas se bem cuidada, semeia novos horizontes.

Um quinto elemento? A vida.

Eu sempre vi na vida o motivo para a perseverança. Encantando-me com as coisas mais simples e surpreendendo-me com a complexidade. Entendendo que há momentos alegres e momentos felizes e sabendo que há outros nem tão alegres e nem tão felizes. Porém, nunca baixando a cabeça ou jogando tudo para o alto, pois viver é isso:

ser sensível ao alheio e entender as entrelinhas da natureza.





(Sâmia Maia)

terça-feira, 9 de março de 2010

OMG'! Blog às moscas! :X

Acho que de tanto uma pessoa aculá me dizer: "Cara, sou tua fã, tu escreve muito bem!", a minha soberba por elogio voltou a ser atiçada e, bem, eis meu eu-lírico aqui de novo!
Não, não venho com textos emprestados e nem crônicas humorísticas. Muito menos com aqueles devaneios depressivos!(é, já escrevi muitos!:S)

E o que trazes para nós, Sâmia Maia?!

Hum, eis a questão, meus caros.
(Ego diz: MEÔ, como é que eu vou ouvir mais "sou tua fã" se não sei nem o que escrever! :O) **NEURA!**

Ok, começaremos pelo motivo do sumiço: ócio!
(Mas espera aííí! Da outra vez que tu alegou "ócio", foi o mês em que escreveu um texto "bem bonzinho" - vide: Indulgência.)
Ahh, foi. ¬¬

Enfim, eu tenho uma frase tatuada no fundo da caixola dita por alguém, lida em algum canto (meu sooonho saber/lembrar! ;X) em que o autor dizia que só existia poeta triste, que alegria não é tema de texto, não se escreve quando se está feliz, "à lá" Clarice Lispector: ser feliz consome muito, furta o tempo que, outrora, pertencia às linhas, hoje, míseras linhas. (Élder que o diga o quão isso é repetitivo nos meus textos =S)

Talvez eu estivesse, realmente, sendo consumida por essa tal felicidade sem nem ao menos tomar conhecimento, pelo menos, não de início...porque da última semana de novembro para cá...UHUUUL! feliz, feliz, feliz!!!
Ah, pois é, eis o verdadeiro motivo do sumiço: estive consumida! >)
Permaneço em consumo até...
fim.





(ps:não é um texto que a Rayane diga "eu sou tua fã", mas essa página rosa merecia o "ar da graça" da dona, mesmo que para falar, falar e acabar não dizendo nada! Acho que perdi a prática! =X)



(Sâmia Maia.)