domingo, 29 de março de 2009

Véia artística?!

Estou me sentindo a Frida Kahlo¹ ;D
Nesses meus dias de ócio forçado, está aparecendo uma inspiração sem fim!
Acho que já cheguei a inventar umas 3 ou 4 histórias sem fim...

E o mais engraçado é que não é aquela idéia com validade... essas palavras aqui, por exemplo, estavam na minha mente à espera de um milagre, aliás, de uma postagem, deeesde sexta à noite.

Pois sim, deixa eu contar. Eu me encontro, como já citei, em um ócio forçado ¬¬' E disso, surgiu isso, entendes? kkkkkkkkkkkk

Nem eu. Acho que agora que eu resolvi escrever aqui, sem um mero rascunho, as palavras que estavam em minha mente desde sexta, fugiram. ;X

Desculpa, quando eu reencontrá-las, retornarei.


¹) Frida Kahlo começou a pintar seus quadros quando estava presa a um leito de hospital, se recuperando do acidente que sofreu num ônibus. Detalhe macabro: um ferro atravessou seu corpo, perfurando no baço e saindo na sua vagina. Detalhe cômico: ela morreu de pneumonia.



Sâmia Maia

segunda-feira, 23 de março de 2009

Devaneio sem data.

Para Clarice, a hora da transição de realidades, mais vulgarmente conhecida como a hora em que o indivíduo bate as botas, é chamada a Hora da Estrela.
Na hora em que minhas botas baterem, ou meu paletó se abotoar, quero que chame a Hora da Lua. 'É, a Hora da Lua chegou para ela...' Por quê? Simples. Nada a ver com a posição em que me encontrarei ao morrer, mas tudo a ver com a simples complexidade lunática.
Lua, corpo celeste que ilunima a terra à noite.
Ao longo dos meus anos, que podemos considerar poucos, usufluí da lua como um refúgio. Quando queria me encontrar ou quando queria desaparecer, era a ela que eu recorria.
Um corpo celeste, de certa forma, simples, mas possuidor de uma magia complexa, capaz de tocar o íntimo se permitido. Com sua áurea enigmática, com sua energia...seria magia? Magia negra? Não.
Bom, estou quase em devaneio. Voltando ao início, quero que ao morrer, seja a Hora da Lua, da minha lua, testemunha de meus pensamentos. Quero que ao mudar de realidade, eu possa permanecer junto à ela, sentada na areia branca de uma praia a contemplá-la, a entendê-la e a ser entendida.
Não é um caso de amor, nem de admiração, nem de dúvidas, muito menos um caso de lua, é complexo, apenas isso, complexo. Uma complexidade mútua.


Sâmia Maia

sábado, 21 de março de 2009

O julgamento de Deus.

-Iniciado o julgamento do réu Deus, acusado pelo senador Ernie Chambers. Promotor, apresente-nos suas acusações para que possamos analisar o caso da melhor maneira possível.
-Obrigado, Meritíssimo. Senhores, esse caso é muito simples. Venho a essa corte acusar o Senhor Criador por todos os desastres do mundo. Acuso-o de ser impiedoso o suficiente para não evitar os tornados e furacões que mataram milhares de pessoas, na página 5 do processo poderão ver a lista completa com seus respectivos números de mortos. Acuso-o também por deixar morrer outros milhares de pessoas, vítimas de fome e doenças. Problemas nos quais apenas Ele poderia tomar as medidas necessárias, como um milagre por exemplo, para salvar esse povo. Hoje, temos a prova de que não sou o único a ter esse parecer: não houve nenhum advogado que quisesse vir a essa corte defendê-Lo. Ele terá que fazer Sua própria defesa. Se Ele é onipresente, senhores, está, nesse momento, assistindo ao Seu próprio julgamento.
-Réu, se o Senhor está, realmente, presente nesta sala, por favor, queira manifestar-se em Sua defesa.
O silêncio pairou na corte por dois minutos, até que o advogado voltou a falar:
-Como vêem, senhores, o Réu assume a culpa. No mundo, ditado popular é uma espécie de lei ilegal e acredito que esse caso tenha peculiaridades suficientes para legalizarmos, exepcionalmente nessa sessão, um deles: quem cala concente.


Sâmia Maia

quarta-feira, 11 de março de 2009

Begin.

Quanto tempo. Mas essa semana, após longas datas sem escrever uma palavra sequer, eu comecei umas linhas dedicadas a um alguém e, para minha surpresa, ocorreu de aparecer um parágrafo que me fez pensar, mesmo sabendo que a autora tinha sido eu.
Basicamente, trata-se de um sentimento, seja ele qual for:

'[...] Talvez isto esteja ocorrendo porque há motivos, vários deles, para ocorrer, ou talvez os motivos não tenham culpa nisto e a culpa seja de uma daquelas coisas que só Freud explica. Ou talvez não seja nem uma coisa nem outra e, que, na verdade, esse sentimento é daqueles que não precisam de motivos e que ninguém tenha culpa por ele, talvez seja daqueles que simplesmente surgem, repentinamente e om uma força invejável. Infelizmente, ainda é cedo para sairmos do talvez. [...]'



Sâmia Maia