sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mortal Amor.

Hoje, achei no meio dos meus rascunhos um texto de autoria duvidosa. Digo isso porque eu, sinceramente, não lembro do dia em que o escrevi, só digo que é meu porque, enfim, me identifiquei com a história. (Mas caso seja de um de vocês, por favor me diga! rsrsrs)


- Amor, Mortal Amor.

Pré-adolescência. Esse é o período que os amores e paixões mais arrebatadores surgem.
É quando inicia-se uma vida amorosa de fato. Quando o primeiro amor aparece.
E se essa história tem como protagonista um casal adolescente, não seria diferente.

Estudaram, Ele e Ela, juntos desde o primário. Admiraram-se no Fundamental I, enamoraram-se no Fundamental II e, no médio, separaram-se. Mas esse não é o fim. É certo que cada um foi viver sua vida, porém, há um epílogo nessa história.

Quando separaram-se Ele jurou à Ela que esperaria o tempo que fosse preciso para ficarem juntos. Ela apenas respondeu com um olhar triste e úmido: "Você não pode me garantir isso, e nem eu posso dizer-lhe o mesmo."
Por tempos, Ele só soube notícias dela através de amigas, mais especificamente fofocas. Estava a par dos vários namorados que Ela possuíra e, mesmo assim, jurava a si mesmo que ainda a teria só para si.

Resolveu procurá-la, agora ele faria o seu próprio destino. Marcaram um encontro em uma tarde, na ponte que cruza o rio da cidade.
Ao chegar ao local, Ele assustou-se. Haviam duas viaturas estacionadas: uma da polícia e outra do corpo de bombeiros. Aproximando-se de um oficial soube que uma moça havia pulado dali momentos antes.

Aproximou-se do alambrado e achou, no chão, um papel amassado. "Desculpe por não ter acreditado no seu juramento. Eu te amei de verdade, apenas não valorizei. Eternamente sua, Ela." Eram essas as linhas do pequeno papel amarrotado, amarrotado tanto quanto o coração do rapaz naquele momento.

(SâmiaMaia, eu acho!)




Ps: digitando esse texto agora, me pergunto: por que a matei? Será que quis mostrar a vergonha dela de não ter acreditado na promessa? Por que não a fazer esperar mais alguns minutos para vê-lo? Seria uma fuga?
Puuuts, acho que me identifiquei mais com ele agora do que no momento em que foi escrito.
E se eu mudasse o final....

- Amor, vital amor!

(...) Ao chegar ao local, Ele assustou-se. Nunca imaginou deparar-se com tamanha beleza. Ela parecia um anjo, encostada no alambrado da ponte, contra o pôr-do-sol, de vestido branco, que voava junto com a brisa do rio.
Aproximou-se, mas permaneceu calado. Todos os diálogos imaginados, os monólogos ensaiados lhe fugiram, como se tivessem caído na correnteza que passava sob a ponte.
Ela o olhou de canto de olho e segurou sua mão.

Aquele toque, as lembranças, os sonhos... uma enxurrada de sensações, sentimentos e emoções, todos inebriantes.
Após alguns minutos, finalmente, encararam-se. Ela fechou os olhos e lhe disse: "Desculpe por não ter acreditado no seu juramento. Eu te amo de verdade, apenas não havia percebido isso. Quero ser eternamente sua."

Beijaram-se, depois de anos, e nada havia mudado.
Amavam-se, era o que importava.


(SâmiaMaia, esse eu tenho certeza.)

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